ENTIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DO TURISMO DE AVENTURA |
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A regra dos três A regra dos três é um instrumento que permite relembrar as prioridades numa situação de sobrevivência, mas também em situação de emergência, ou quando se escolhe o material e se estabelece um itinerário na planificação duma expedição. Neste tipo de contexto onde o nível do stress é muito elevado, tomar uma decisão é difícil, e este tipo de Lista simples, permite evitar os erros mais grosseiros. Uma das coisas muito difíceis de fazer, quando nos encontramos em dificuldade na natureza ou noutro lugar, é de tomar consciência e aceitar psicologicamente a urgência da situação. Decidir que, “estou realmente em sarilhos” e de agir em consequência. Temos todos tendência a negar este estado de facto, a fazer como se de nada fosse. Não queremos aceitar uma realidade ansiógena, correndo o risco de ter comportamentos inadaptados. É assim que continuámos a andar durante horas, quanto já estamos perdido à muito tempo. É uma maneira que tem o nosso psíquico de limitar o stress em detrimento da nossa segurança. Esta ausência de reacção, esta ausência de tomada d’iniciativas ou de decisões é sem a mínima dúvida uma das principais armadilhas às quais temos a fazer face, quando confrontados com situações perigosas. O nosso principal inimigo somos … nós ! A regra dos três permite também preparar o material por prioridades, para uma actividade qualquer, para partir em viagem ou de férias, esta regra permite de não esquecer nada, e de hierarquizar. A REGRA DOS TRÊS 3 segundos sem Vigilância
Não se Sobrevive 3 segundos sem Vigilância O stress Prevenir as asneiras no terreno, quer dizer tomar cuidado de nós. Economizar-se, dormir bem, estar confortável, bem hidratado estar lúcido e sóbrio.
Não se Sobrevive 3 minutos sem oxigénio Vias aéreas libertadas São os famosos ABC que deve conhecer qualquer socorrista que de respeite: Este ponto da regra está aqui para recordar a importância dos gestos de primeiros socorros, que qualquer ser humano deveria pelo menos saber. Alertar eficazmente os socorros Como para todo, o material de primeiros socorros não é de nenhuma utilidade se não tem os conhecimentos e o "saber fazer". Sigam uma formação de socorrismo!
Não se Sobrevive 3 horas sem regulação térmica Estatisticamente
o que nos fere ou nos mata na natureza é: É O ponto mais importante a ter em conta nas suas escolhas de material, e durante todo o ano. No Verão, para evitar o sobre aquecimento e a desidratação, no Inverno para evitar a hipotermia e as “geluras” (queimaduras de gelo). Mas ainda mais nas estações intermédias: faz tempo bom de dia, mas muito frio á noite. Assim a maior parte das pessoas que partem sem intenção de passar a noite fora, econtram-se muito sub equipadas se forem forçadas a acampar. Radiação, Evaporação, Condução, Convecção
A Radiação O nosso corpo emite raios infravermelhos, mas também os capta (fogo, sol). De acordo com a situação, evitar as perdas e maximizar os lucros (cobertura de sobrevivência, fazer fogo), e/ou maximizar a evacuação e reduzir os lucros (chapéu largo para proteger-se do sol por exemplo). As cores escuras captam e emitem muito mais raios infravermelhos que as cores claras. Evita-se por tempo quente como por tempo frio. As cores claras são úteis com tempo quente, debaixo do sol. A Evaporação Com tempo quente, levem vestuários de algodão que vai absorver muito o calor uma vez húmido… Mas a evitá-lo no Inverno ou nas inter estações. O algodão salva vidas durante a canícula, mas mata logo que fizer frio. O algodão seco isola, mas molhado resfria. Prever protecção contra a chuva . Vestuários que poderá evacuar a sua transpiração durante o esforço, etc. Não é inútil Também prever qualquer coisa para arranjar um abrigo de emergência (poncho, cobertura de sobrevivência, cordéis, etc.), para ficar ao seco no caso de acampamento forçado. A lã seca lentamente (perdas por evaporação limitadas), e continua a isolar relativamente bem mesmo húmida ou molhada. A lã polar absorve muito pouco a água, e pode ser torcida, sacudida e reutilizada logo a seguir para uma insolação aceitável. Com tempo quente, evitar como a peste os vestuários completamente estanques que bloqueiam a evaporação da sua transpiração. Pelo contrário, é necessário facilita-la com vestuários amplos e finos. A Condução Deitado sobre um solo frio, arrefece-se muito rapidamente, por contacto. Um simples pedaço de colchão espuma de campismo, de um metro de comprimento, dobrado em três na costas da mochila pesa muito pouco e permite isolar pelo menos o tronco do solo no caso de acampamento improvisado. Este tipo de espuma é também muito agradável para isolar as nalgadas da neve ou dum capo de jeep 4x4 escaldante no bush Australiano… sem falar que se pode utilizar como tala improvisada, etc. A Convecção Proteger-se do vento, que aquece perigosamente no deserto de verão, e que nos resfria insidiosamente ou brutalmente quando faz frio… o vento acelera também a evaporação. Ao nível térmico, é necessário prever sempre o pior, para as piores condições possíveis. No Verão, prevejam canícula, e neve no Inverno, prevejam grande frio e chuva… o resto do tempo, prevejam todo o resto! O vosso objectivo é, estar confortável sem se mover durante várias horas e na pior meteorologia possível, E de poder também não sobreaquecer durante o esforço. Para além do vestuário e das soluções de emergência, quando se prevê dormir fora, é necessário poder também gerir correctamente os 4 pontos “RECC” enunciados acima. Tapete de solo
Não se Sobrevive 3 dias sem água De facto, pode ser muito mais (até à 17 dias com tempo fresco e sem actividade física de acordo com Xavier Maniguet), ou muito menos (24h com tempo muito quente e durante actividades físicas intensas), mas dá uma ideia de grandeza. De resto, uma boa hidratação permite muito melhor resistir ao calor e ao frio, e d’evitar imensos problemas de saúde, indo dos problemas de costas às infecções diversas e variadas. O que falta para a felicidade da maior parte das pessoas que conheço, é um litro de água a mais no corpo. Prever por tanto um stock de água, mas também de quê para renová-lo se necessário! O mapa
Não se Sobrevive 3 semanas sem alimento Cada grama de gordura que contem o nosso corpo armazena a módica soma de 9 quilocalorias. Um quilo de gordura é 9.000 quilocalorias, ou seja dá facilmente para três dias. Se tivermos em conta o facto de o organismo em estado de jejum é muito mais económico que o organismo alimentado, e que está em condições de encontrar calorias também na sua massa muscular e as proteínas presentes nos órgãos diversos, considero que as reservas energéticas de um adulto com saúde são de aproximadamente 150.000 quilocalorias. 8 Quilos de gordura dá 72.000 kCal O assunto é evidentemente mais complexo que o simples cálculo das calorias, mas a história é repleta de histórias de jejuns, voluntários ou forçados, excedendo um mês em duração e do qual os indivíduos saíram relativamente indemnes. Resumindo: tem coisas mais urgentes… Mas em estado de jejum estamos limitados na intensidade dos esforços que podemos fornecer, e o nosso metabolismo mais lento torna-nos mais friorentos. Para os esforços intensos e/ou prolongados, é muito útil ter qualquer coisa para comer. Mesmo nas saídas curtas, além disso, pode ser útil levar uma barra de cereais ou outro farnel açucarado a fim de dar uma chicotada na a última linha recta, ou calmar um início hipoglicemia …
Não se Sobrevive 3 meses sem contacto social Após este prazo aproximativo, o nosso desejo de viver desvanece, e desenvolvemos problemas psicológicos diversos que não nos ajudam a continuar a lutar. Mesmo o mais solitário d’entre nós têm necessidade dum mínimo de contacto com o seu semelhante, ainda que seja apenas para discutir. Uma necessidade vital que temos tendência a esquecer. Mas espero que, se se perderem na floresta ou na montanha um dia, os encontrem antes que perderem o gosto à vida devido à solidão. É útil sempre poder voltar, por consequente orientar-se. O mapa, a bússola, o GPS não é inútil sabendo bem utiliza-los. Um meio de comunicação que permitirá avisar os socorros no caso de problemas é também fundamental. O portátil, na Europa e em muitos continentes, passa praticamente por toda a parte. Para o resto do mundo, os rádios VHF, os telefones satélites e outras modernices poderão completar.
Por consequência, quando as pessoas entram em contacto com migo e perguntam me para ensinar-lhes o que é mais importante nomeadamente para sobreviver na natureza, eu concentro-me nos pontos 1, 2, 3 e 4, nomeadamente a prudência elementar, a importância dos primeiros socorros, a capacidade de controlar a sua temperatura corporal em todos os tempos, com ou sem equipamento, e a água. Encontro geralmente inútil de ensinar às pessoas reconhecer as plantas selvagens comestíveis para evitar-lhes que morra de fome, o que nunca chegará em todo caso se não sabem fazer face ao mais urgente. Para evitar as armadilhas de cada um destes pontos da regra dos três, temos 4 funções de base, 4 instrumentos, que nos permitem trabalhar para permanecer em vida. Privados de um ou o de outro destes instrumentos, encontramo-nos instantaneamente em situação crítica. Faremos todo o possível para conserva-los intactos. Estes 4 instrumentos de base são CVMD É este o objectivo primeiro da regra dos três, e os 4 instrumentos. Em resume, servem para enquadrar a situação, e para fazer subir sinais de alerta à nossa consciência. Todos estes conceitos permitem definir claramente que é uma situação de sobrevivência, e suas consequências.
C.V.M.D. Consciência Se estamos inconscientes, ou se apresentamos perturbações da consciência, as nossas capacidades de sobreviver evidentemente estão grandemente alteradas. Este ponto é (e voluntariamente) largamente redundante com o primeiro ponto da regra dos três. E vamos sempre relembrar: evitem qualquer coisa que possa alterar o vosso estado de consciência: (stress e efeito chimpanzé, cansaço, álcool, psicotrópicos, frio). Visão Para as pessoas que têm uma visão má, aquilo significa um par de óculos de socorro numa caixa sólida. Para todos, pode também querer dizer um par de óculos de protecção, de acordo com as actividades praticadas e óculos de sol ou de neve, com uma protecção UV adaptada, para evitar ophtalmias. Em certos contextos, a nossa visão depende também do nosso material de iluminação (em espeleologia, uma frontal de socorros!). Vocês é que vêem! Mobilidade Privados da nossa mobilidade (da nossa capacidade de deslocar-nos, ir do ponto A ao ponto B), podemos morrer de sede à quatro metros dum riacho… ou mais simplesmente não sabemos como voltar até ao carro (definição de “ estar perdido”: não saber como fazer para ir onde quer ir!). É-nos necessário algo para imobilizar um membro aleijado, de contactar os socorros que nos vão transportar e far-nos-ão reencontrar a nossa mobilidade graças à deles… em montanha, o material necessário para negociar sem risco inútil passagens delicadas… e algo para nos orientar, claro! Destreza Privados do uso das nossas mãos, estamos gravemente diminuídos. É por isso vital, no terreno, ter algo que proteja as mãos do frio e das feridas. É importante compreender que o stress e a hipotermia podem grandemente limitar a nossa motricidade fina, e por consequência a nossa destreza manual. Um pequeno estojo de socorro para tratar das pequenas feridas aos dedos pode ser útil, mas luvas em couro poderão também prevenir muitas feridas, para um peso e um espaço ridículos.
Decreto que estou em situação de sobrevivência se: Regra dos 3 a minha vigilância diminui (3 segundos sem cérebro) CVMD tenho a minha consciência que se deteriora Quando um destes sinais acende, estou em situação de sobrevivência. Ponho-me então a funcionar de maneira adaptada… é um caso de força maior, e atribuo-me de repente privilégios temporários. Tenho a partir quaqui, o direito de incomodar alguém e de chamar pela ajuda, tenho desde já o direito de passar por um imbecil que se preocupa por nada (vale melhor isto que morrer e não ter feito nada a tempo…), tenho desde então o direito fracassar a porta dum abrigo de montanha para entrar ao abrigo (quite a deixar o meu telefone para reembolsar o pastor quando me chamar), tenho doravante o direito de sentar-me e chorar dois minutos porque estou completamente em pânico, para de seguida levantar-me e fazer os gestos que vão salvar-me. O importante, é reconhecer a situação pelo que é, de aceitar a onda de stress que isso implica, e nadar para frente com a cabeça fora d’água. Fazer face à realidade. Mais vale entrar em pânico e chorar dois minutos e de seguida fazer os bons gestos, que de guardar o sangue frio negando o problema e não fazendo nada para salvar-se!
Pequeno bónus… que não é uma questão de sobrevivência a curto prazo, mas talvez na duração: prever algo para assegurar um mínimo de higiene corporal no terreno. Nas nossas sociedades aseptisadas esquecemos da importância, em termos de saúde, da higiene. Após alguns dias ou algumas semanas sem se lavar, os problemas dermatológicos são praticamente uma constante. Um bocado de sabão bio degradável, um pouco de álcool em gel (que faz também um magnífico acende lume) para desinfectar as mãos, um ou dois óleos essenciais bem escolhidos (por exemplo o Tea Tree que pode substituir o dentifrício, e ainda muitas coisas se souber utiliza-las), etc. Pensem também na saúde da Terra: Meditar e difundir… |
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